Resumo
Cada vez mais observa-se diferentes opiniões sobre o que é considerado como saudável ou não, o que tem impacto no comportamento alimentar, inclusive a adesão a uma alimentação saudável. As crenças tornam-se importantes determinantes da adesão e manutenção de alimentação saudável, tornando-se essenciais para o desenvolvimento de intervenções eficazes. O objetivo desta investigação foi o de estudar as crenças alimentares da população adulta portuguesa. Assim, validou-se um instrumento de avaliação de crenças alimentares, com 17 itens, que foi administrado a 409 participantes, entre os 18 e os 93 anos (M = 37.04, DP = 15.43), sendo 81.9% do género feminino. Os coeficientes observados revelam consistência interna razoável, sendo que a análise fatorial exploratória traduz 4 subescalas de crenças: Alimentação e Saúde (α=0.76), Hábitos Alimentares Diários (α=0.72), Barreiras à Alimentação Saudável (α=0.57) e Ideologia (α=0.64). Neste estudo, verificou-se que é o género feminino, comparativamente com o masculino, que apresenta crenças mais positivas, i.e., manifesta maior concordância com as recomendações nutricionais. O mesmo se observa em indivíduos com Ensino Secundário e o Ensino Superior, que apresentam maior concordância com as afirmações, por comparação com sujeitos com habilitações literárias inferiores. Constata-se que são os sujeitos mais velhos a relatarem crenças menos concordantes com as recomendações nutricionais, sendo que não se observaram diferenças significativas nas crenças dos participantes quanto ao seu rendimento mensal.
Palavras-chave: Crenças, Alimentação, Comportamento alimentar, Validação de escala
Consultar: http://repositorio.ispa.pt/bitstream/10400.12/5924/1/24424.pdf
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